De mim me perdi


Não sei mais quem sou
perdi-me às avessas
só estou bem onde não estou
a viver de promessas.

Se me digo de mim não sei
tudo se escureceu
a mim próprio enjeitei
e o céu se obscureceu.

Procuro uma mão amiga
um amor enaltecido
ou alguém que me diga
porque me sinto perdido.

Nas ruas sem fim me perdi
ando a contrapasso
o que fui já me esqueci
e vivo neste embaraço.

Dei de mim o que não tinha
fui o que não podia ser
esta vida não é a minha
sou um mero parecer.

Escrevo à sombra de mim
e nas eras do que já fui
não achei princípio nem fim
sou como um mar que influi.

Certezas não as tenho
a nada me proponho
e eu que não sei ao que venho
a nada me disponho.


Meus versos são inversos
são mera apreciação
dúbios e controversos
são pura contradição.

Por: Jorge Humberto



                      

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