Queria ser minha própria testemunha,
Para me acusar em meio à poesia antiga.
Ou, dinheiro para me comprar tudo o que de pagável há.
Queria ser à solidão.
Para ficar triste e poder chorar sozinha,
Longe dele e de ninguém para me acalentar.
Queria ser feiticeira e te livrar de todo cansaço físico que te indispôs essa semana.
Ou, quem sabe, um prego, para parafusar seu guarda roupa
E te ver beijar teu travesseiro, ás meia noite, como se fosse eu.
Queria não levar todos os meus escritos, ao demais, sentimentalismos...
E como não? Se nem no sopro das palavrinhas, por diante, eu mando mais.
Queria ser uma pedra arredondada.
Dura, concreta,
Distinta e compacta,
Livre de amadurecimento,
Abstrata de sentimento.
Uma felicidade!
Pura felicidade, nata.
Por: Tatiane Salles